Sujeito é o termo da oração (palavra ou conjunto de palavras) a respeito do qual se enuncia alguma coisa. O núcleo do sujeito é a palavra-base do sujeito.
Geralmente é representado por um substantivo, pronome substantivo ou palavra substantivada:
"Esta manhã [o mar] acumula ao teu pé rosas de areia."
"[Quem] faz um poema abre uma janela."
"[O badalar dos sinos] animou-a debilmente.
Determinado:
É o tipo de sujeito que pode ser identificado na oração, quer se apresente de forma explícita, quer implícita:
[O artista] agardecia os aplausos.
[Nada] pesa tanto como um segredo.
Hei de cumprir minha promessa.(Eu)
Ele pode ser dividido em:
a) Simples:
O sujeito simples é formado por um núcleo, ou seja, um termo principal.
Ex:
[O empregado da casa] vendeu seu carro. (núcleo: empregado)
[Eles] estão sempre omitindo a verdade. (núcleo: Eles)
[A folha] caiu. (núcleo: folha)
b) Composto:
O sujeito composto é aquele formado por dois ou mais núcleos.
Ex:
[Ana Maria e Joaquim] terminaram o namoro. (núcleos: Ana Maria, Joaquim)
[Eu, você e o nosso cão] estamos perdidos mais uma vez. (núcleos: Eu, você, cão)
[Livros e cinema] são o meu passatempo preferido. (núcleos: Livros, cinema)
Elíptico (ou oculto):
É aquele que não está declarado na oração.
Apesar disso, ele é classificado como determinado porque pode ser facilmente identificado pelo contexto e pela conjugação verbal presente na oração.
Ex:
No trajeto para casa, passei pelo parque da cidade. Note que pela conjugação verbal “passei” podemos identificar a primeira pessoa do singular “eu”.
Logo, “No trajeto para casa, (eu) passei pelo parque da cidade.”)
Gostamos de pular Carnaval. (pela conjugação verbal, identificamos o sujeito oculto da oração: “(Nós) Gostamos de pular Carnaval.”)
Armando saiu da escola muito cedo. À tarde levou tudo para casa. (Aqui temos o sujeito “Armando” na primeira oração e na segunda, o sujeito da ação que já foi
mencionado anteriormente é “ele”: "À tarde (ele) levou tudo para a casa.")
Indeterminado:
O sujeito indeterminado é aquele que não podemos identificar o agente da ação, nem pelo contexto, nem pela terminação verbal do enunciado.
A despeito do sujeito ser um termo essencial na oração, o sujeito inexistente pode se manifestar pelo desconhecimento ou desinteresse do agente que executa
a ação.
Além disso, também acontece quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada. Há três maneiras de identificá-lo:
1) Com verbo na 3.ª pessoa do plural que não se refere a nenhum substantivo citado anteriormente na oração:
Ex:
Disseram que ele foi eleito.
Capturaram o fugitivo.
Falavam mal o tempo todo.
2) Com pronome "se" e verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação na 3.ª pessoa do singular
(de modo que não se consegue identificar quem pratica a ação):
Ex:
Acorda-se feliz (VI).
Necessita-se de pessoas jovens (VTI).
Nem sempre se é justo nesse mundo (VL).
3) Com verbo no infinitivo pessoal, por exemplo:
Ex:
É difícil agradar a todos.
Seria bom pesquisar mais sobre o assunto.
Era bom viajar pelo mundo!
Oração sem sujeito:
Em certas orações, o predicado não faz referência a nenhum tipo de sujeito. Isso ocorre quando se empregam os chamados verbos impessoais. Elas são formadas:
a) Com verbos que exprimem ação da natureza:
Ex:
[Chove] muito nesta época doa ano.
[Trovejou] a noite toda
b) Com o verbo "haver" empregado no sentido de existir, ou na indicação de tempo decorrido:
Ex:
[Há] seres vivos em outros planetas?
[Há] boas palestras no congresso.
[Houve] muitas greves no último ano.
c) Os verbos ser, fazer, estar, ir e passar indicando tempo ou distância.
Ex:
Está na hora do intervalo
Faz meses que não vou à praia.
Hoje é dia quinze de março.